Critica: Sense8.
Depois de todo o burburinho,
das notícias e das polêmicas que sondaram a série Sense8, qual acreditava ser
uma trama fraca, de um drama fatídico e fútil, decidi assisti-la, e eis minha
surpresa, fiquei tão empolgado e instigado que conclui a temporada inteira em
um dia, desde o primeiro capitulo, só parei quando cheguei ao decimo segundo.
Começo falando que um dos motivos que me
levaram a ver a série foi o trailer, depois descobri que se tratava de um
trabalho dos irmãos Lana e Andy Wachowskis, criadores de Matrix (que não é muito minha praia) e Cloud Atlas (já esse
eu sou apaixonado) juntamente com J.
Michael Straczynski (Babylon 5). Com esses motivos, tive que começar a
assistir.
A história gira em
torno de 8 pessoas espalhadas pelo mundo, cada uma diferente da outra, cada uma
com seus problemas e suas distintas personalidades.
Temos Capheus (o britânico Aml Ameen, Maze Runner), jovem africano fã de Jean-Claude Van
Damme, tentando conseguir remédio para a mãe HIV positiva; em Seul, a
economista Sun Bak (a sul-coreana Doona Bae), especialista em artes marciais; no México, o
ator de novelas e filmes de ação Lito (o espanhol Miguel Ángel Silvestre, de Velvet), que tenta manter em segredo sua homossexualidade
e seu relacionamento com outro homem; em São Francisco, a transexual e hacker
Nomi (a também transexual Jamie Clayton); em Chicago, o policial Will Gorski (o americano Brian J. Smith, de Stargate Universe) tenta se livrar das lembranças de seu
passado; em Mumbai, a farmacêutica hinduísta Kala (a indiana Tina Desai) está prestes a se casar com um homem que não
ama; em Berlim, o assaltante Wolfgang (o alemão Max Riemelt) tenta se livrar da perseguição do crime
organizado; e em Londres, a DJ Riley (a britânica Tuppence Middleton, de Spies of Warsaw), nascida na Islândia, tenta se livrar da
dor da perda de seu marido e filho.
Quando Sense8 tem
início, vemos um casal de sensitivos enfrentando um perigo iminente provocado
por Whispers, ou em português sussurros, (o cantor da Broadway Terrence Mann), o vilão da trama, outro como eles, que utiliza
seu poder para o mal (assim parece). Prestes a cometer suicídio, Angela (Daryl Hannah) libera nos oito jovens citados acima, o
mesmo poder que ela tem. A partir daí a história passa a focar em cada um
desses jovens e suas primeiras experiências com o mundo sensitivo.
O conceito da série surgiu há cerca de sete
anos quando, durante uma conversa, Lana, Andy e Straczynski começaram a discutir
a forma como a tecnologia une e divide as pessoas em grupos. Por meio da
Internet, pessoas que vivem em diferentes partes do mundo conseguem se conectar
e conversar sobre um determinado filme ou programa que estão assistindo naquele
exato momento. A questão levantada é: E se esta conexão e troca de
experiências pudessem ser feitas sem o auxílio da tecnologia?
Com essa ideia inicial, de que originalmente
somos todos sensitivos, mas cada pessoa pertenceria a um grupo, o
indivíduo de um grupo precisa adentrar em outro, e para tal é necessário
que ocorra um contato entre os membros através do olhar. Em primeiro tempo,
a trama gira em torno dos oito personagens espalhados pelo mundo que se descobrem
conectadas através da mente e das emoções, sem a ajuda de algum tipo de dispositivo
ou realidades virtuais. Capazes de se ver e conversar como se estivessem
no mesmo lugar, eles se ajudam com seus problemas pessoais e imediatos,
chegando ao ponto de assumir o lugar um do outro quando necessário.
Além de enodoar a
barreira entre filme e TV, Sense8 acrescenta
um pitada do gênero sobrenatural. Sem sair muito da realidade, os Wachowski e J. Michael Straczynski se apoiam em regras pré-definidas e as
seguem até o fim. Não há reviravoltas espalhafatosas de se estabelecer na
narrativa. Tudo faz sentido dentro daquele contexto.
Mas a maior vitória da série é, de longe, a forma como são retratadas a
cultura indiana, americana LGBT, alemã, coreana, latina... não há estereótipos,
não há clichês, não há exageros (o que muita gente anda falando que possui, por
conta das cenas de sexo, mas no meu ver, essas cenas são muito bem-feitas e
apaixonantes). Tudo é normal dentro do seu conjunto e serve seu intento do
grupo de sensitivos. Sense8 mostra que ousadia, se feita com maestria conquista os telespectadores.
Finalmente, a redenção de Andy e Lana.
Não posso me esquecer de falar da linda trilha sonora, que dá um toque super especial a cada cena, o que faz nossos corações ficarem ainda mais descontrolados.
Não posso me esquecer de falar da linda trilha sonora, que dá um toque super especial a cada cena, o que faz nossos corações ficarem ainda mais descontrolados.
Os 12 episódios da primeira temporada de Sense8 já estão disponíveis na Netflix. Assista abaixo ao trailer da série:
0 comentários:
Postar um comentário