sábado, 18 de janeiro de 2014

Crítica do filme A menina que roubava livros

   
                                Eis um pequeno fato: você vai morrer.


   Foi uma madrugada sem sono e sem sonhos, por isso decide assistir ao filme The book thief (A menina que roubava livros), adaptação do livro de Markus Susak.
   Desde que soube que iriam fazer um longa da obra que julgo e acho que não só eu uma das melhores do mundo fiquei apreensivo, porque? Eu respondo, pelo simples fato de que nem sempre adaptações ficam tão boas ou captam a mensagem que o livro realmente passa.
  Durante o tempo de produção acompanhei de longe/perto todas as informações que saía na internet ou em revistas, a ansiedade já começava a me consumir. 
  Em fim chegou janeiro que também é o mês de meu nascimento, imaginei em meu esquecido cérebro que receberia um presentão com o longa. 


    Não aguentei esperar para a estreia então assisti na versão original em inglês (acho até melhor que na versão dublada). Já no inicio do filme escutei a voz masculina narrar a história que obviamente se tratava da morte, foi aí minha primeira decepção, eu desde que li o livro achava que a morte tinha uma semelhança com a feminilidade, não que ela tenha sexo ou uma forma humana, mas até na capa do livro se nota uma sombra de mulher com um guarda-chuva. Até ai tudo bem, vi as cenas ir e virem com certa semelhança à obra, mas apesar da semelhança passaram tão desleixadas que não nos faziam se lembrar do que já havia acontecido, as atuações na minha concepção poderiam ter sido bem melhores, ainda mais com atores consagrados como Emily Watson que mostrou uma atuação digamos que morna pra não falar fria e o Geoffrey Rush que foi mais convincente.

   
As cenas não foram emocionantes a ponto de fazer uma pessoa chorar, muito menos suspirar ou acometer qualquer outra coisa no telespectador. Quem não leu a obra com certeza achará o filme chato e tedioso, mesmo não se abraçando profundamente na obra o filme pelo menos tentou se aprofundar bastante no período histórico em que se passa a história que é na Alemanha nazista, focando na perseguição aos judeus, os bombardeios, a influência de Hitler encontrada em quase todos os cenários como as bandeiras com o símbolo nazista. 
  Uma coisa que devo admitir é o quão bom foi a equipe de fotografia e arte, conseguiram de certa forma captar exatamente o cenário da época e descrito no livro, os tons e matizes que entram em contrastes com as poucas cores que predominam durante todo o longa como, por exemplo, o branco da neve, o vermelho das bandeiras, o alaranjado das chamas, o negro da noite, era como se trabalhassem por si só. 

 Primeiro, as cores. Depois os humanos. Em geral, é assim que vejo as coisas. Ou, pelo menos, é o que tento.
  
   A estreante Sophie Nélisse que interpretou a ladra Liesel Meminguer não deixou a desejar, mas também não foi algo que ficasse marcado ou inesquecível. 
  Uma das coisas que parece ter sido digna foi à trilha sonora que ficou a cargo John Williams “só assim pra desapegar de Steven Spielberg”. Sendo ainda indicada para o globo de ouro de 2014.
  Em fim, na minha humilde e sincera opinião acho que o filme teve sim seus pontos positivos, mas também muitos negativos como os citados acima. Acho que o publico que não leu a obra não vai ter muito o que criticar ou julgar, mas para quem já se aventurou pelas páginas encontrará muito o que concordar e discordar .


                           Uma última nota da narradora: os seres humanos me assombram.
   
    A nota do Tudo Sobre será de 7,5/10. Caracterizando uma adaptação boa, e um filme que dá pra ser assistido como uma lembrança do passado sombrio pelo qual já passou o nosso mundo.

  O filme estreia dia 31 de janeiro nos cinemas brasileiros. confira o trailer.

 
 
 

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